USOS O GN tem um amplo espectro de aplicações. Suas principais utilizações tem sido como combustível industrial, comercial, domiciliar e residencial, e na recuperação secundária de petróleo em campos petrolíferos, através de sua reinjeção. Também é utilizado como matéria-prima nas indústrias petroquímica (plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha) e de fertilizantes (uréia, amônia e seus derivados), e para redução do minério de ferro na indústria siderúrgica. Uma outra forma de utilização de GN é como combustível na geração de eletricidade, seja em usinas termelétricas, seja em unidades industriais, instalações comerciais e de serviços, em regime de cogeração (produção combinada de vapor e eletricidade). O gás natural é a terceira maior fonte de energia primária no mundo, somente superado pelo petróleo e pelo carvão. O uso do GN nas residências, seja para cocção, seja para calefação, além da segurança e praticidade, tem a vantagem de substituir o GLP(derivado de petróleo importado pelo Brasil), que exige complexa infra-estrutura de transporte e armazenamento. Nos segmentos de transporte coletivo e de cargas, a utilização do GN assume importância na redução de agentes poluentes. |
PRODUÇÃO O gás natural é produzido, muitas vezes juntamente com o petróleo, através da extração nas bacias sedimentares da crosta terrestre. Ao chegar à superfície ele é tratado para remoção de impurezas, como água e outros gases. A seguir ele é transportado por gasodutos para as zonas de consumo e refino. Plantas elétricas e algumas indústrias podem utilizar o gás natural diretamente, captado dos gasodutos. Residências e pequenas indústrias adquirem o gás de empresas distribuidoras. As empresa distribuidoras adicionam substância odorante ao gás por medida de segurança, para facilitar a identificação de vazamentos. Ao longo de 98, foram produzidos no País 10,3 bilhões de m3 de gás, 5,1% a mais que em 97. Do volume total produzido no ano passado, 8 bilhões de m3 são de gás não associado e 2,3 bilhões de m3 de gás associado. Os campos marítimos foram responsáveis por 64% da produção de gás (6,6 bilhões de m3), enquanto os terrestres responderam por 36% (3,7 bilhões de m3).
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RESERVAS BRASILEIRAS DE GÁS NATURAL A reavaliação das reservas de gás feita em 1998 e a ausência de novas descobertas de médio e grande porte, levaram as reservas totais de GN a atingir a marca de 409,8 bilhões de m3, com o decréscimo de 5,9% em relação ao volume de 97. Desse total, 225,9 bilhões de m3 (55,1%) referem-se ao volume provado e 183,9 bilhões de m3 (44,9%) à soma das reservas prováveis e possíveis. Com volume de 26,5 bilhões de m3, o campo de Leste de Urucu(AM) lidera a lista dos 20 campos com maiores reservas provadas de gás, onde se concentram 76,9% do volume total. Em seguida, vem o campo de Marlim(Bacia de Campos), que tem 23,7 bilhões m3 de gás. Mais de 50% das reservas totais de gás, ou seja, 205,8 bilhões de m3, estão localizadas na Bacia de Campos e o restante, 49,8%, distribuído nas demais unidades operativas da Petrobras. A maior parte das reservas totais de gás está localizada no offshore, onde se concentram 252,6 bilhões de m3. Grande parte das reservas está localizada em lâmina d'água superior a 1.000 m. |
RESERVAS DE GÁS NATURAL POR REGIÃO DE PRODUÇÃO ( BILHÕES DE M3)
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